Governo Federal não liberou verba para vacina chinesa CoronaVac
A busca por uma solução para combater o novo coronavírus é um dos assuntos mais discutidos na imprensa, no meio acadêmico e na sociedade civil. Uma vacina que imunize as pessoas contra a COVID-19 é uma das apostas da ciência. O Instagram bolsotreta, em postagem, afirmou que o Governo Federal não liberou verba para vacina chinesa.
O Ministério da Saúde esclareceu, no último dia 21 de outubro, que não pretende comprar vacinas contra COVID-19 importadas da China, mas que houve um protocolo de intenção para adquirir lotes fabricados pelo Instituto Butantan no Brasil, desde que aprovados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
No entanto, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde e falou que o governo não compraria a “vacina chinesa de João Doria”.
A CoronaVac é uma vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. A vacina usa cópias mortas do coronavírus para levar o sistema imune humano a produzir anticorpos capazes de neutralizar o coronavírus.
A CoronaVac está em testes de fase três (última fase) no Brasil, desde julho, na Indonésia, desde o início do mês de agosto e na Turquia. Segundo a CNN Brasil, a tecnologia em teste é considerada segura, porque, ao usar o vírus inativado, é mais difícil que a vacina deixe uma pessoa doente.
O Governo Federal não liberou verba para vacina chinesa em SP só investiu na vacina de Oxford/AstraZeneca. De acordo o Secretário Estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, o impasse com o governo federal a respeito da Coronavac pode atrasar a vacinação de brasileiros para a Covid-19.
O Diretor do instituto Butantan, Dimas Covas, lamenta que distribuição de imunizante possa ser afetada por disputa política. “Nunca antes na história uma vacina feita pelo Butantan foi objeto de disputa política. E, de repente, vemos o valor de uma vacina ser questionado pelo simples fato de ser uma parceria com a China. A vacina que o governo federal encomendou da AstraZeneca é feita na China também, os insumos são da China. É uma incoerência muito grande. Uma recebe o rótulo em inglês e tudo bem. A outra não pode ser usada só porque o Dória (governador) é desafeto político do presidente”, pontuou, segundo reportado do site época.
A AstraZeneca é desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a multinacional farmacêutica. A vacina usa uma versão enfraquecida de adenovírus como vetor. Conhecida por causar gripe comum em Chipanzés, o adenovírus foi modificado para não ser capaz de se replicar, além de carregar material genético que codifica a proteína Spike do SARS-CoV-2, utilizada pelo vírus para adentrar a célula.
A vacina está em testes que combinam as fases 2 e 3 na Inglaterra e na Índia e em testes de fase 3 na África do Sul e Brasil.
Os impasses políticos acerca da vacina CoronaVac continuam, embora, o governo afirme que não irá comprar uma vacina para combater o coronavírus que ainda não tenha eficácia comprovada, o presidente Jair Bolsonaro assinou a Medida Provisória que libera R$ 1,9 bilhão para produção, compra e distribuição de 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório Astrazeneca.
Por fim, o Brasil tem diversas vacinas produzidas com matéria-prima da China e de outros países, então é ilegível a não liberação de verba para vacina por conta de impasses políticos, uma vez que, todas as vacinas licenciadas para uso humano passam por rigores científicos que as tornam extremamente seguras.