Voluntário dos testes da CoronaVac não morreu por complicações da vacina
Através das suas redes sociais o vereador Daniel Freitas compartilhou a informação de que os testes realizados com vacina chinesa (CoronaVac) teriam sido interrompidos após a morte de um dos voluntários de teste da vacina. Na publicação o vereador Daniel Freitas deu a entender que a morte do voluntário foi causada por complicações dos testes da CoronaVac, porém a causa da morte seria suicídio, informação repassada em matéria publicada pelo G1.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os testes com a vacina foram interrompidos por falta de detalhamentos sobre a morte de um voluntário. O diretor da Anvisa, Antônio Barras Torres afirmou que inicialmente não foram repassadas todas as informações necessárias sobre o caso “Documentos completos tem que ser enviados a nós e isso não aconteceu”.
O Vereador Daniel Pereira ainda afirma que “mais detalhes do estudo têm comunicação vedada em conformidade com os compromissos de confidencialidade assumidos no protocolo de desenvolvimento vacinal.” no caso em questão o diretor da do Instituto Butantan, Dimas Covas se mostrou surpreso com a suspensão dos testes “A Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é um pouco diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina. Como são mais de dez mil voluntários neste momento, pode acontecer um óbito; o sujeito pode sofrer um acidente de trânsito e morrer. Ou seja, um óbito não relacionado à vacina. É o caso aqui: ocorreu um óbito que não tem relação com a vacina. Portanto, não existe nenhum ‘momento’ para interrupção do estudo clínico” afirmou ele.
Após todos os boatos e contradições sobre o caso, na manhã do dia 11/11/2020 a Anvisa liberou o retorno dos testes da CoronaVac, “Após avaliar os novos dados apresentados pelo patrocinador depois da suspensão do estudo, a Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação”, diz o comunicado.
O fato teve repercussão em todo mundo, pois inicialmente a única informação que foi passada é que o voluntário dos testes havia falecido(o evento adverso grave) então muitas pessoas relacionaram a causa da morte a vacina. O presidente Jair Bolsonaro que até então se coloca contra a vacinação em massa da população após a vacina ser aprovada, comemorou a suspensão dos teste “Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, afirmou ele. Até então, mesmo depois da confirmação de que a morte do voluntário não foi por efeito adverso a vacina, o presidente não se retratou sobre o assunto.
O Nujoc Checagem verificou outras informações sobre a segurança das vacinas que estão sendo estudadas, confirma a matéria completa aqui.