Com o aumento de infectados no Chile, vacina CORONAVAC é ineficaz?

 Com o aumento de infectados no Chile, vacina CORONAVAC é ineficaz?

Recebemos, por meio do aplicativo Eu Fiscalizo da Fiocruz (disponível para Android e IOS) uma postagem alertando para o uso da vacina CoronaVac desenvolvida pelo laboratório Sinovac. As alegações consideram o aumento de pessoas infectadas pela COVID-19 no Chile, apesar do país ser um dos que mais vacinou no mundo, colocando em chegue à eficácia do imunizante. A publicação foi realizada pelo site “Contra Fatos” no dia 13 de abril. 

O Contra Fatos põe em questão a vacina da farmacêutica chinesa Sinovac argumentando que no Chile, mesmo com o início da vacinação em meados de fevereiro não anulou o aumento do número de casos no país. A BBC Brasil ao responder essa dúvida traz alguns fatores que possam explicar isso. O primeiro é o relaxamento de medidas para conter o distanciamento social. O segundo é o cansaço das pessoas em relação à pandemia que fez com elas não respeitassem mais as restrições. O terceiro elemento é que houve férias e, por consequência, as pessoas acabam por viajar e aglomerar. Por último, é que com a chegada da vacina, por uma falha de comunicação nacional, a população acabou acreditando que o problema estaria resolvido e relaxou com os autocuidados que são tomados há mais de um ano.  

Quando se trata da eficácia da vacina numa matéria do UOL, os significados de suas porcentagens são bem explicados. Para entender sua eficácia, no estudo com 13.060 voluntários, todos profissionais de saúde, metade do grupo tomou a vacina e a outra parte recebeu placebo. Das mais de 13 mil pessoas, desde o início do ensaio 252 pessoas foram infectadas com o Covid-19, sendo167 do grupo placebo e 85 vacinados. Os que forma vacinados não apresentaram nenhum caso com doença moderada a grave, no qual precisou de internação.  Diferente do grupo placebo que sete pessoas precisaram.  Portanto, se a pessoa vacinada desenvolver a doença será de forma leve. Isso mostra uma eficácia de 100% da vacina para evitar casos graves, moderados, internações e mortes pela doença. 

Sobre a efetividade da vacina CoronaVac, o Ministério da Saúde Chileno publicou um relatório no dia 16 de abril. Na matéria do El PAÍS foi divulgado que, de acordo com um estudo em grande escala realizado com a informação de 10,5 milhões de pessoas, a vacina tem 80% de efetividade para prevenir mortes, 14 dias depois da segunda dose. Esses resultados foram chamados de “animadores” pela comunidade médica chilena, e mostram que a vacina chinesa foi efetiva em 89% para evitar a internação de pacientes críticos em UTIs, em 85% para prevenir as hospitalizações e 67% para impedir a infecção sintomática da doença.  

Mesmo com após a primeira dose da imunização é importante manter distanciamento social, pois como mostra a matéria do G1, a vacinação para manter a eficácia máxima é preciso que a pessoa tome as duas doses e respeite a ‘janela imunológica’, que é o período que o corpo leva para a produzir os anticorpos do imunizante. 

Captura de tela da publicação do site contra fatos duvidando da eficácia da Coronavac. 

Equipe NUJOC

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