Do que são compostas as vacinas contra a Covid-19?
Circula pelas redes sociais, um informativo contendo falsos componentes químicos em vacinas.
Toda situação que envolve o novo coronavírus, suas origens e até mesmo a produção das vacinas para combate-lo, estão sempre envoltas em dúvidas e especulações. Não é de hoje que a mídia tem enfrentado uma forte disseminação de informações falsas e conspirações a respeito da pandemia, em que já se foi dito até mesmo que a tecnologia 5g seria capaz de transmitir o vírus para os seres humanos.
Quanto mais complexa for a discussão a respeito do quanto a ciência já avançou ou retrocedeu no controle da pandemia, mais necessário será prestar esclarecimentos para a população mundial, assim como agir com transparência, diante de todas as novas descobertas sobre o Sars-Cov-2.
Atualmente, fora o aumento catastrófico de casos diagnosticados e de óbitos no Brasil pela Covid-19, muito tem se falado a respeito da vacinação e da fabricação dos imunizantes. É muito natural que durante esse processo de imunização bastante esperado por todos, muitas dúvidas surjam e com elas a necessidade de mais explicações a respeito do assunto. Só assim é possível acompanhar a ciência e combater as informações falsas que também surgem durante este processo. Uma dessas Fake News está relacionada à fabricação das vacinas.
Por meio das redes sociais, uma mensagem tem circulado por grupos de Whatsapp comentando a respeito da composição química da vacina. Em momento nenhum da mensagem fica claro sobre qual das muitas vacinas pesquisadas contra o novo coronavírus se refere o conteúdo. Não fala nem mesmo se é a composição de uma vacina contra a Covid-19.
A mensagem diz que nas vacinas, há por exemplo, “5.700 mcg de alumínio (neurotoxina). Quantidades desconhecidas de soro fetal bovino (sangue de vaca abortada)” e até mesmo “801,6 mcg de formaldeído (agente cancerígeno, embalsamador)”.
A respeito da vacina de Oxford/AstraZenexa, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em seu site oficial, informou que no que se refere a produção do imunizante, “foi desenvolvida com a tecnologia de vetor viral não-replicante de adenovírus de chimpanzé. O adenovírus de chimpanzé é manipulado geneticamente para inserir o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2. Depois de obtido, os adenovírus são amplificados em grande quantidade usando células cultivadas em biorreatores descartáveis. Estes adenovírus são purificados, concentrados e estabilizados para compor a vacina final.
Os adenovírus que compõem a vacina não podem se replicar na pessoa vacinada (vírus não-replicante), mas são reconhecidos por nossas células, que desencadeiam uma resposta imunológica específica para a proteína S, gerando anticorpos e outras células (células T) contra o novo coronavírus”.
Já a Pfizer da BioNTech e Moderna, segundo reportagem especial da BBC “são de RNA mensageiro (mRNA) e usam parte do código genético do vírus.
Em vez de usar um antígeno fraco ou inativo, eles ensinam às células do corpo como fazer uma “proteína de pico” encontrada na superfície do vírus que causa a Ccvid-19, desencadeando a resposta imunológica necessária para formar anticorpos para combatê-la”.
As vacinas, até o momento se mostraram seguras e já evitaram muitos casos de internações e evoluções para quadros mais graves. Além da eficácia também estar acima de 50%.