Fake! Epidemiologista diz que Fiocruz acoberta decisões prejudiciais de Bolsonaro
Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas se manifestou sobre o ocorrido e informou em nota que repudia postura do profissional
Declarações dadas pelo epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Jesem Douglas Orellan, causaram polêmicas nas redes sociais no mês de setembro.
O especialista afirmou que a matriz da Fiocruz, no Rio, possui ligação direta com a Presidência da República, de Jair Bolsonaro, que desde o início da pandemia minimizou a covid-19 e estimulou aglomerações.
A polêmica iniciou após Manaus, capital do Amazonas ter registrado um crescimento de 50% no número de infectados pela doença.
Em entrevista para o Rede Brasil Atual, Jesem ainda cobrou independência da entidade. “A comunicação da Fiocruz-RJ me orientou a não me identificar como sendo da Fiocruz em entrevistas sobre lockdown e, foi além, ao afirmar que ‘a entidade não recomenda lockdown‘. Antes de tudo, isso é, no mínimo, desprovido de amparo científico e apenas reforça a narrativa do presidente”, disse.
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) emitiu uma nota esclarecendo os fatos sobre a evolução de óbitos por Covid-19 no Amazonas e contesta alegações do pesquisador.
A nota apresenta dados de séries históricas, que, segundo a entidade, mostram que não há uma aceleração mortes por Covid-19 ou por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), como alega o pesquisador, e que os dados não se diferenciam da média registrada nos últimos cinco anos.
Segundo a entidade, muitos desses sepultamentos foram de pessoas mortas “por causas externas, incluindo homicídios, acidentes de trânsito e outras violências”, diz a nota.
Além das informações repassadas, a FVS-AM também informou que repudia a postura desrespeitosa do pesquisador em relação à seriedade da Fundação e afirma que as declarações de Jesem não refletem a isenção dos seus pares pesquisadores da Fiocruz.
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