Fenofibrato poderia reduzir os sintomas da Covid-19 aos de um resfriado?
A droga é utilizada no tramento de colesterol e poderia impedir a replicação do novo coronavírus nas células pulmonares, mas ainda não há comprovação em outros estudos clínicos.
Há uma corrida constante para descoberta de algum tratamento ou substância que cure ou, pelo menos, amenize os sintomas da Covid-19. Neste cenário, existem pesquisas que buscam readequar medicamentos que já são sados no tratamento de outras doenças para um possível tratamento contra o novo coronavírus.
No entanto, alguns medicamentos que passam por pesquisas de readequação aparecem como soluções milagrosas e imediatas para a Covid-19. É o caso do Fenofibrato, uma droga utilizada no tratamendo de pacientes com colesterol alto.
Recebemos do Eu Fiscalizo esta sugestão de checagem desta matéria sobre o Fenofibrato, que afirma que esta substância poderia reduzir os sintomas do novo coronavírus aos de um resfriado comum.
A notícia faz referência a um estudo da Universidade de Jerusalém em parceria com o Centro Médio Mount Sinai de Nova Iorque, no qual os pesquisadores descobriram que o Fenofibrato pode reduzir a replicação do novo coronavírus nas células pulmonares.
De acordo com os pesquisadores, o vírus limita o metabolismo de gordura pelas células pulmonares. O Fenofibrato estimularia a queima de gordura pelas células, o que poderia eliminar o excesso de lipídios disponíveis que o novo coronavírus usa para se nutrir.
No entanto, este estudo foi realizado somente em laboratório, ainda sem testes em animais ou seres humanos, e por isso ainda não se pode afirmar que o Fenofibrato teria algum efeito prático no tratamento da Covid-19. É preciso que haja outros estudos mais avançados para efeito de comprovação científica.
De acordo com esta matéria da Euronews, o Fenofibrato seria mais uma distração vinda a partir dos estudos de readequação de medicamentos. “Há dezenas de drogas que são benéficas no tratamento de doenças pulmonares, mas isso não mostra benefícios no tratamento da Covid-19”, afirma Tim Cook, médico anestesista e professor da Universidade de Bristol.