Lockdown é eficaz dentre medidas para conter a disseminação do novo coronavírus
Em sua página do Instagram o deputado federal Guiga Peixoto (PSL) fez uma publicação de apoio ao médico neurocirurgião Paulo Porto, que em entrevista ao programa Opinião no Ar, da RedeTV!, criticou a decisão de governos estaduais e municipais pelos decretos de lockdown no país, ou mesmo medidas de restrição da locomoção das pessoas, para conter a disseminação do novo coronavírus. Segundo ele, o lockdown “não tem defesa”.
“Em relação ao lockdown, não tem defesa. Temos dados abundantes de que o efeito do lockdown é pior do que o efeito de deixar as coisas abertas”, afirmou o médico.
De acordo com o site Uol, em junho, dois artigos publicados na revista Nature já apresentavam estimativas positivas sobre as medidas restritivas adotadas em todo o mundo. Um deles, Hsiang et al, tratando das medidas de redução de contágio adotadas em 1,7 mil diferentes localidades da Ásia, Europa e EUA, até então, sugeria que mais de 140 milhões de infecções haviam sido “evitadas ou adiadas” graças às restrições. O outro Flaxman et al, sobre 11 nações europeias, calcula que 3 milhões de vidas haviam sido salvas pelas restrições, até o dia 4 de maio de 2020.
Aqui mesmo no Brasil, artigo publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, Cruz, mostrou resultados positivos de restrições impostas no estado de São Paulo.
Das 100 maiores cidades brasileiras, as três que possuem menores taxas de óbitos por covid-19 viveram semanas de lockdown. Petrolina (PE), Taubaté (SP) e Ribeirão das Neves (MG), respectivamente, ocupam as três melhores posições do ranking. Os números, obtidos junto às secretarias municipais, foram organizados pela empresa de consultoria Macroplan e divulgados pela revista Exame.
O Nujoc Checagem já verificou outras informações sobre períodos de lockdown realizados em todo mundo, para mais informações clique aqui.