Novos casos e de óbitos da Covid-19 crescem em São Paulo no mês de novembro
Recebemos do Eu Fiscalizo , aplicativo que recebe denúncias de fake news na internet, uma postagem no Instagram que relaciona pandemia às eleições de 2020.
O post usa uma matéria, publicada em 8 de abril no site da revista Veja, que fala sobre a compra de sacos para enterrar os mortos da Covid-19 de forma segura pela prefeitura de São Paulo.
Além disso, a postagem critica o isolamento e os números da pandemia para qualificar o prefeito da capital paulista e candidato nas eleições de 2020, Bruno Covas (PSDB), como um candidato que “não presta”, e defende a candidatura de Celso Russomano (Republicanos) para prefeito da capital.
No momento da redação desta matéria, o candidato tucano foi eleito prefeito de São Paulo no segundo turno, tendo como adversário Guilherme Boulos, do PSOL. Celso Russomano foi eliminado no primeiro turno.
Para defender a candidatura de Celso Russomano, a postagem qualifica o PSDB como “totalitário socialista”, devido ao fato do atual prefeito de São Paulo impor um lockdown na cidade nos primeiros meses da pandemia. Além disso, a compra de sacos é interpretada como uma forma de “aterrorizar” e exagerar o número de mortos.
Atualmente, a cidade de São Paulo apresenta cerca de 349 mil casos de casos de infectados da covid-19 e mais de 14 mil vítimas da doença. No mês de abril, época da redação da matéria sobre a compra de sacos, a capital paulista apresentava cerca de 18 mil casos até o dia 30 do mês.
A capital também apresentava uma redução gradual nos novos casos desde agosto, chegando a apresentar uma média de 259 novos casos diários no dia 9 de novembro. No entantoeste número tem aumentado, com o registro de mais de 1500 novos casos no dia 25 de novembro.
Já o número de mortes diárias tem aumentado de 17 óbitos no início de novembro para 32 no final do mês (29/11). A ciadade chegou a ter uma média de mais de 100 óbitos por dia entre os meses de maio e julho.
Os gráficos nos mostram que a quantidade de casos e de óbitos têm aumentado desde o início do mês de novembro, já próximo do fim do período eleitoral. Este aumento não é criado para “aterrorizar” a população, independente de qualquer disputa eleitoral.