O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS AUMENTA A CRENÇA NA DESINFORMAÇÃO SOBRE A COVID-19

 O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS AUMENTA A CRENÇA NA DESINFORMAÇÃO SOBRE A COVID-19

Um estudo publicado recentemente pela Washington State University e realizado pelo pesquisador Yan Su, aponta para o fato de que quanto mais as pessoas confiam nas redes sociais como sua principal fonte de notícias, maior a probabilidade de acreditarem em narrativas desinformacionais sobre a pandemia.

Publicado na revista Telematics and Informatics, o estudo intitulado It doesn’t take a village to fall for misinformation: Social media use, discussion heterogeneity preference, worry of the vírus, faith in scientists, and Covid-19- related misinformation beliefs  ou Não é preciso se preocupar com a desinformação: uso de mídia social, preferência pela heterogeneidade da discussão, preocupação com o vírus, fé em cientistas e crenças na desinformação relacionadas à Covid-19,  apontou para algumas tendências do público em relação ao fenômeno da desinformação. Por um lado, a preocupação com o vírus fez aumentar a crença nas narrativas desinformacionais, enquanto por outro, dois fatores ajudaram a enfraquecer tal crença, qual sejam: o acreditar na força da ciência e o retorno a uma preferência por uma discussão mais heterogênea.

Durante a pesquisa Yan Su,  que é estudante de Doutorado no Murrow College of Communication da Washington State University, trabalhou com as respostas a uma Pesquisa exploratória dos Estudos Eleitorais Nacionais Americanos em 2020. Cerca de 3 mil pessoas responderam aos questionários e destas 480 responderam acreditar em pelo menos uma informação falsa sobre a Covid-19.

Vale ressaltar que os dados foram coletados durante o início da pandemia, mesmo período em que o Pew Research Center identificou que 3 em cada 10 norte-americanos, acreditavam que o novo coronavírus foi criado em laboratório, por exemplo.

Na visão do pesquisador Yan Su, os resultados apontam para possíveis caminhos e práticas que possam minimizar os efeitos do fenômeno desinformacional, uma vez que do seu ponto de vista, as plataformas podem implementar verificadores de fatos, objetivando facilitar a compreensão de seus usuários, contribuindo para o desmascarar das informações falsas, imprecisas ou descontextualizadas. Em outra visada, Yan Su propõe que as pessoas saiam de suas zonas de conforto e bolhas pessoais e passem a conversar com diferentes pontos de vista e ideologias políticas diversas. A exposição a ideias diferentes pode ser importante para provocar autorreflexões pessoais e modificar atitudes.

O estudo pode ser acessado diretamente no link da revista: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0736585320302069

Com informações da WSU Insider | Washington State University

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