OMS se desculpa por controvérsias em pesquisas sobre hidroxicloroquina?
Uma publicação, que circula pelo Instagram de fãs da primeira dama Michele Bolsonaro, afirma que a Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu desculpas por controvérsias gerada com o posicionamento da entidade em relação às pesquisas sobre a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.
A publicação contraditória, dá a entender que a OMS se arrependeu ao interromper, no dia 27 de maio, os testes com a hidroxicloroquina, por isso, anunciou a retomada dos protocolos com a droga no dia 03 de junho.
No dia 5 de junho, durante a coletiva de imprensa da OMS, a repórter Sarah Veeton, perguntou sobre hidroxicloroquina e as “mensagens contraditórias” que vem sendo noticiadas. “Você tem algum pedido para pesquisadores, editores de revistas sobre como eles falam suas descobertas, e o que você diria para as pessoas que estão acompanhando as notícias, e estão se sentindo muito confusas e que não podem confiar na pesquisa que está sendo lançada?”, Indagou.
Em resposta, o diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan, afirmou que a decisão de paralisar os estudos com hidroxicloroquina foi tomada para não colocar os pacientes em risco e que Ciência está fazendo a coisa certa, embora dê a impressão que comunidade científica esteja confusa.
O pedido de desculpas de Mike Ryan foi em relação aos desdobramentos noticiados de avanços e retrocessos, que segundo ele são normais dentro do processo científico, que acabam parecendo confusos para o público. O diretor-executivo não se desculpou pela paralisação nos teste nem pela retomada da pesquisa com a droga.
“Novamente, isso é boa ciência, está fazendo a coisa certa. Eu sei que isso as vezes pode dar a impressão de que a comunidade científica está confusa ou dando mensagens confusas e por isso coletivamente pedimos desculpas a todos vocês por isso, mas devemos seguir a ciência, devemos seguir evidências e somos absolutamente dedicados
para garantir que as pessoas que entram nos ensaios clínicos estejam entrando em ensaios seguros…”, explicou Mike Ryan, retirado da transcrição do áudio em inglês da coletiva de imprensa da OMS.
Entenda o caso
Em 25 de maio a OMS suspendeu os testes com hidroxicloroquina, em virtude de um estudo ter comprovado que a droga não apresentou efeitos contra a doença e ainda apontou risco de morte.
A pesquisa, publicada pela revista médico-científica The Lancet, foi realizada com 96 mil pessoas e apontou que não houve eficácia da substância contra a Covid-19 e ainda detectou risco de arritmia cardíaca nos pacientes que as utilizaram. A decisão da suspensão temporária foi tomada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, até que a segurança da droga fosse reavaliada.
Entretanto, várias controvérsias surgiram em torno da pesquisa. De acordo com o site de notícias G1 depois da publicação de uma manifestação de preocupação da The Lancet, a OMS decidiu retomar os teste com a substância. A retomada dos estudos com a hidroxicloroquina foi anunciada pelo diretor-geral da OMS, Adhanom Ghebreyesus no dia 03 de junho, em uma coletiva de imprensa.
Com a justificativa de que as evidências científicas sobre a hidroxicloroquina não reduz a mortalidade de pacientes internados com o novo coronavírus, no dia 17 de junho, a OMS suspendeu pela segunda vez os testes com hidroxicloroquina contra a Covid-19.
É importante frisar que o estudo mais recente, concluiu em sua primeira pesquisa que o uso hidroxicloroquina não melhorou o estado clinico de pacientes com COVID-19 leve ou moderada.