Paciente com HIV teve covid por 216 dias com mais de 30 mutações do coronavírus?
É verdadeira a informação que circula nas redes sociais de que uma mulher diagnosticada com HIV contraiu covid-19 e acumulou mais de 30 mutações do novo coronavírus durante 216 dias. O caso foi divulgado em um estudo preliminar publicado na plataforma MedRxiv, no dia 04 de junho deste ano.
Segundo o estudo, que ainda precisa ser revisado pela comunidade científica, a paciente de 36 anos, que reside na África do Sul, teve o quadro descoberto após participar de uma pesquisa que investigava o comportamento do novo coronavírus em pessoas com HIV.
A mulher foi internada em setembro de 2020 com dor de garganta, tosse e dispneia. O início dos sintomas ocorreu 12 dias antes da entrada no hospital. Ela fazia terapia antirretroviral para HIV desde 2006.
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A infecção por SARS-CoV-2 persistiu por 216 dias, com mais de 30 mutações. “Apresentamos um caso de infecção persistente por SARS-CoV-2 com evolução intra-hospedeiro acelerada em um paciente com HIV avançado e falha do tratamento anti-retroviral. Apesar de uma doença clínica curta de gravidade moderada, a positividade da PCR para SARS-CoV-2 persistiu até 216 dias. Demonstramos mudanças significativas na população de vírus ao longo desse tempo, envolvendo múltiplas mutações”, diz o estudo publicado na na MedRxiv.
O estudo afirma ainda que já existem vários relatos de infecções por covid prolongadas em pessoas imunossuprimidas. “Embora a maioria das pessoas efetivamente elimine a infecção por SARS-CoV-2, existem agora vários relatos de infecção prolongada associada à imunossupressão subjacente”, consta no estudo.
*O material aqui verificado pelo Nujoc Checagem foi encaminhado à nossa equipe por meio do aplicativo Eu Fiscalizo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que está disponível para Android e IOS.