Pesquisa enfoca narrativas em torno das vacinas no verão europeu de 2020
O estudo intitulado Meeting the Challenge of Vaccination Hesitancy,ou seja, Enfrentando o desafio do medo da vacinação foi publicado no site First Draf News (https://firstdraftnews.org/) do Reino Unido ainda em 2020 e teve como foco pesquisas sobre as narrativas que tratavam de vacinas e que circularam durante o verão.
Na segunda parte do estudo vamos encontrar dois textos interessantes e importantes para compreensão do atual momento de crescimento do fenômeno da desinformação concernentes à ações do movimento antivacina.
O primeiro deles tem como título The complex contagion of doubt in the anti-vaccine movement ou O complexo contágio da dúvida no movimento antivacina. No texto o pesquisador Damon Centola aborda a questão da dúvida que é plantada por peças de uma comunicação publicitária que objetivam descredibilizar a ciência e as vacinas, em geral.
Segundo Centola “a propagação da hesitação vacinal vem da crescente aceitação da possibilidade de que vacinas podem ser prejudiciais, o que não cresce através do compartilhamento de informações específicas (ou desinformação), mas sim de ter essa informação socialmente reforçada na medida em que os cidadãos acreditam que é credível. Portanto, uma vez que a visão antivacinação é percebida como um lado legítimo de um debate, ele já ganhou porque o objetivo é criar credibilidade para que ver e espalhar dúvidas sobre vacinação”.
O capítulo seguinte apresenta a pesquisa Online Misinformation about vaccines ou Desinformação online sobre vacinas desenvolvida por Renée DiResta e Claire Wardle e tem como foco a influência da desinformação que circula pela rede mundial de computadores, sobretudo, nas plataformas digitais e redes sociais. O estudo procura identificar o cenário no qual circulam com grande intensidade as narrativas fraudulentas sobre a vacina e que tem a intenção de plantar a dúvida na sociedade e assim diminuir os índices de vacinação. Para os autores “tudo isso cria um pano de fundo para a vacina através de conversas entre indivíduos e em fóruns públicos que podem ser baseados em conspirações, falsas teorias e rumores, sobretudo, quando se pautam em resultados de pesquisas no Google, vídeos do YouTube, ou Facebook, Instagram ou WhatsApp. Um estudo publicado em fevereiro 2020 demonstrou que as pessoas expostas ao conteúdo da vacina nas redes sociais foram mais propensas a ser mal informadas do que aquelas expostas à mídia tradicional. O estudo, baseado em uma pesquisa representativa nacional de quase 2.500 adultos nos EUA, descobriu que até 20% dos entrevistados eram pelo menos um pouco mal informados sobre vacinas e que “as pessoas que receberam suas informações de meios de comunicação eram menos propensas a endossar alegações antivacinação”.
Para conhecer o First Draf News : https://firstdraftnews.org/
Para acessar a pesquisa
Link do First Draf News https://firstdraftnews.org/project/vaccines-and-misinformation-get-the-support-you-need/
Link direto da Pesquisa https://www.sabin.org/sites/sabin.org/files/sabin-aspen-report-2020_meeting_the_challenge_of_vaccine_hesitancy.pdf