Professora morre aos 47 anos mesmo imunizada com as duas doses da vacina. Entenda

 Professora morre aos 47 anos mesmo imunizada com as duas doses da vacina. Entenda

Por Thalita Albano

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, sem a prescrição de um medicamento certo para o tratamento ou qualquer outra forma de cuidar e combater esse inimigo invisível, as vacinas têm sido a esperança para muita gente. No entanto, desde as descobertas, aprovações pelos órgãos de saúde e aplicação na população, inúmeras são as desinformações no tocante as mesmas.

Em matéria veiculada no site Contra Fatos, morte de professora coloca em dúvida eficácia das vacinas

O Nujoc Checagem, em parceria com o aplicativo EuFiscalizo – da Fiocruz (disponível para Android e iOS), vem trabalhando constantemente no combate a desinformação em tempos tão difíceis e necessários de verdade e, recentemente, recebeu para averiguação, uma notícia do site jornalístico Contra Fatos, afirmando que uma mulher de 47 anos, mesmo após as duas doses da vacina, acabara morrendo em Ceilândia, Distrito Federal, vítima do novo coronavírus.

Trata-se da professora Cleudiliz da Cruz Rodrigues de Oliveira, de 47 anos, que mesmo após ser imunizada com as duas doses da vacina, contraiu a Covid-19 e veio a óbito no Distrito Federal, em consequência da doença. Ela atuava na sala de leitura da Escola Classe 02 de Ceilândia e deixou esposo e uma filha de 06 anos, além de familiares, amigos e colegas que lamentaram a morte precoce da professora.

Com o material recebido em mãos e com a ajuda de informações de sites jornalísticos como o Metrópoles e o Correio Braziliense, o Nujoc Checagem apurou a notícia constatando que a mesma é verdadeira. De acordo com informações do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (SINPRO), Cleudiliz estava imunizada com as duas doses da vacina e retornou suas atividades presenciais na rede pública de ensino, onde logo em seguida adoeceu após ter contato com colegas que não estavam imunizados, vindo a óbito em decorrência da Covid-19.

Em nota emitida a imprensa, o SINPRO destacou que infelizmente, nem todos os que a cercavam estavam imunizados, e ela acabou sendo vítima dessa terrível doença. “Mesmo com as restrições causadas pelos prejuízos na voz, Cleudiliz se dedicava de corpo e alma à escola por acreditar que poderia fazer a diferença através da educação. Ela de fato fez. Participava de assembleias e piquetes, e lutava com amor por um mundo melhor”, destacou o sindicato. O SINPRO lamentou ainda a partida precoce da professora. “A diretoria colegiada do SINPRO lamenta profundamente sua precoce partida, e se compromete a honrar sua memória e sua luta”, disse a entidade em nota.

Assim como Cleudiliz, o ator Tarcísio Meira também veio a óbito em agosto desse ano, em decorrência da Covid-19, mesmo estando imunizado com as duas doses da vacina. Ele contraiu a doença e estava internado para tratamento quando chegou a falecer. Histórias como a de Cleudiliz e de Tarcísio levantam questionamentos e deixam muitas pessoas em dúvida: é possível morrer de Covid-19 ou se contaminar com o vírus mesmo após ter completado o esquema vacinal?

A resposta é sim. Segundo estudos conduzidos com cada uma das vacinas em uso contra o novo coronavírus, uma vez que os imunizantes diminuem mas não zeram a chance de casos graves e de morte pela doença. É porque isso que, além de se vacinar, as pessoas devem continuar seguindo as medidas de proteção contra a doença.

Especialistas ouvidos pelo G1.com apontam que os números de queda de mortes estão entre os dados que já mostram a efetividade da vacina em grupos (sobretudo idosos) que estão totalmente imunizados. Apesar disso, eles alertam que a pandemia não está controlada e que a variante delta ainda é um risco para as pessoas. “A vacinação com duas doses dos idosos é a explicação para a queda. A cobertura já está bem elevada nesta faixa, acima dos 60%. Acima dos 70, 80 e 90 ainda é maior. No número de casos, o impacto só vai ser maior com o avanço da vacinação”, afirma Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.

A vacina segue sendo esperança para as pessoas. Contudo, além da vacinação é necessário continuar seguindo os protocolos adotados pelos órgãos de saúde, como usar máscaras, usar álcool e manter o distanciamento. Cada medida de prevenção que você adota, como se vacinar também e evitar lugares fechado, é uma “camada extra” de proteção. Por isso é necessário combiná-las.

Equipe NUJOC

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