Spray nasal de Israel é promissor no tratamento à COVID-19?
Em publicação realizada no site Contra Fatos, é alegado que cerca de 93% dos 90 pacientes com coronavírus em estado grave foram tratados em hospitais gregos com um novo medicamento desenvolvido por uma equipe do Centro Médico Sourasky de Tel Aviv. Os pacientes tiveram alta em cinco dias ou menos após o tratamento terapêutico. A matéria foi encaminhada para verificação através do aplicativo Eu Fiscalizo da Fiocruz (Disponível para Android e IOS).
O remédio em questão é o EXO-CD24 que combate a tempestade de citocinas, uma reação exagerada do sistema imune que pode ser letal. Com informações do G1, a substância está cumprindo as etapas das fases de estudo, de acordo com seu criador, Nadir Arber, professor e diretor do Centro Integrado para Prevenção do Câncer do Centro Médico Sourasky/Hospital Ichilov, em Tel Aviv.
O professor afirma que o medicamento não substituirá as vacinas. “Eu apoio fortemente a vacinação. Dito isso, o vírus vai ficar conosco desta forma ou de outra”, conta ao G1.
A Folha de São Paulo produziu uma lista com uma relação de remédios que foram aprovados e não aprovados para o tratamento à COVID-19. O EXO-CD24 aparece como não comprovado cientificamente em decorrência da incipiência dos estudos.
A eficácia de uma droga é avaliada em grandes amostras de pacientes em pesquisas com grupo controle —basicamente, um conjunto de pacientes recebe a droga e, outro, um placebo, sem que os cientistas e os pacientes saibam quem recebeu o quê, para evitar qualquer viés. Depois disso, avalia-se o resultado.
Nesse sentido, o inventor do produto, reforçou em entrevista ao site UOL, em fevereiro de 2021, que os dados ainda precisam ser confirmados nas demais etapas de testes clínicos. A proposta do EXO-CD24 é impedir ou minimizar a tempestade inflamatória do sistema imunológico que pode ser desencadeada em casos mais severos da covid-19.
No fim de maio, a agência governamental de saúde israelense autorizou o início dos ensaios de fase II e III do spray nasal. Em entrevista à revista The Algemeiner, Aber afirmou que pretende protocolar um pedido de uso emergencial do EXO-CD24 na agência regulatória estadunidense FDA e outros órgãos sanitários entre o final deste ano e o início de 2022.